Na era digital, em que a informação é um dos activos mais valiosos, a cibersegurança tornou-se uma prioridade para empresas de todas as dimensões e sectores. Nesse contexto, a América Latina não está isenta dos desafios impostos pelos ataques cibernéticos. Neste artigo, exploraremos as recentes ameaças cibernéticas, destacando dados alarmantes neste contexto regional. Mais importante ainda, destacaremos a necessidade urgente de proteger os dados corporativos e cumprir as regulamentações de segurança cibernética.
Um quadro preocupante
Tendo em conta os episódios mais recentes na Colômbia, Costa Rica e México, entre outros, a região assistiu a um aumento da frequência e sofisticação dos ciberataques nos últimos anos. Empresas de todos os sectores tornaram-se alvos dos cibercriminosos. As estatísticas revelam que, em média, a América Latina registou um aumento de mais de 140% nos incidentes comunicados nos últimos três anos. Esta é uma chamada de atenção para as empresas que operam na região, pois mostra que as ciberameaças não reconhecem fronteiras.
A importância da proteção dos dados e do cumprimento da regulamentação
A cibersegurança já não é apenas uma preocupação técnica, mas um imperativo comercial e legal. As empresas são legalmente obrigadas a proteger os dados sensíveis dos seus clientes e funcionários, e isto aplica-se em toda a região. O não cumprimento destes regulamentos pode resultar em sanções severas e prejudicar a reputação da sua empresa.
Além disso, os ciberataques podem ter um custo financeiro significativo. De acordo com estudos, o custo médio de uma violação de dados na América Latina é superior a 2 milhões de dólares. Este valor inclui despesas relacionadas com a recuperação de dados, reparação de sistemas e perda de clientes.
A abordagem empresarial à cibersegurança
Chegou o momento de as empresas adoptarem uma abordagem mais proactiva em relação à cibersegurança. Eis algumas medidas fundamentais que podem ajudar neste desafio:
1. Formação: É fundamental formar os empregados em práticas seguras em linha. O erro humano é uma das principais causas das violações de segurança. A educação e a sensibilização para a cibersegurança são pedras angulares na proteção contra as ciberameaças. Esta ação não se limita aos departamentos de tecnologia, mas envolve todos os elementos da organização:
- Programas de formação: Proporcionar programas de formação regulares a todos os empregados, desde os quadros superiores até aos trabalhadores da linha da frente, para os sensibilizar para as ciberameaças e ensiná-los a reconhecer e a responder a potenciais ataques.
- Testes de sensibilização: Realize simulacros de phishing e outros exercícios de engenharia social para avaliar a capacidade dos funcionários para detetar tentativas de fraude.
- Cultura de segurança: Promover uma cultura de cibersegurança em que os empregados compreendam que são uma parte essencial da defesa contra ciberataques e se sintam à vontade para comunicar incidentes.
Investir em tecnologia: Implementar soluções robustas de cibersegurança, como firewalls, antivírus e sistemas de deteção de intrusões. A tecnologia correcta é essencial para proteger a sua empresa de ameaças cibernéticas cada vez mais sofisticadas:
- Firewalls avançadas: Implemente firewalls da próxima geração que podem detetar e bloquear tráfego malicioso em tempo real.
- Antivírus e antimalware: Utilize soluções antivírus e antimalware actualizadas para identificar e eliminar ameaças conhecidas.
- Autenticação multifactor (MFA): Exigir MFA para aceder a sistemas críticos, o que acrescenta uma camada adicional de segurança no caso de as palavras-passe serem comprometidas.
- Encriptação de dados: Encriptar dados sensíveis, tanto em repouso como em trânsito, para garantir que, mesmo que ocorra um acesso não autorizado, a informação permanece ilegível.
3) Monitorização constante: A monitorização atenta da rede e dos sistemas em busca de actividades suspeitas pode ajudar a detetar e prevenir ameaças antes que estas causem danos. Uma cibersegurança eficaz exige uma monitorização e deteção constantes das ameaças:
- Sistemas de deteção de intrusões (IDS/IPS): Implementar sistemas que possam detetar actividades invulgares ou maliciosas na rede e responder de forma proactiva.
- Análise de registos: Monitorizar e analisar os registos de atividade para detetar anomalias que possam indicar um ataque.
- Informações sobre ameaças: manter-se atualizado sobre as tendências e tácticas dos ciberataques utilizadas pelos cibercriminosos para aperfeiçoar as defesas.
4. Conformidade com a regulamentação: Certifique-se de que a sua empresa cumpre todos os regulamentos de cibersegurança aplicáveis no seu país e região. A conformidade é essencial para evitar sanções legais e proteger a reputação da sua empresa:
- Auditorias e avaliações regulares: Realizar auditorias internas e externas para garantir a conformidade com todos os regulamentos aplicáveis.
- Gestão do risco: Identificar e avaliar os riscos de cibersegurança, a fim de aplicar medidas proporcionadas em função do nível de risco.
- Atualização da regulamentação: Mantenha-se informado sobre as alterações à legislação e regulamentação em matéria de cibersegurança e ajuste as políticas e procedimentos em conformidade.
5. Gestão de crises: Ter um plano de resposta a incidentes em vigor na eventualidade de um ciberataque é essencial para minimizar os danos. Ter um plano de resposta a incidentes é essencial para minimizar o impacto de um ciberataque:
- Equipa de resposta: Designar uma equipa específica para gerir os incidentes de cibersegurança e definir claramente as funções e responsabilidades.
- Plano de comunicação: Preparar um plano de comunicação que inclua a forma de informar as partes interessadas internas e externas em caso de violação de dados.
- Avaliação pós-incidente: Efetuar uma análise exaustiva após um incidente para identificar as lições aprendidas e melhorar a resposta futura.
Conclusão
Os ciberataques na América Latina são uma realidade global que não podemos ignorar, especialmente na América Latina, onde a publicação e o consumo de serviços de Internet têm sido priorizados em relação à segurança cibernética. A proteção dos dados empresariais e o cumprimento das normas de cibersegurança são imperativos para a sobrevivência das empresas na era digital. O investimento em cibersegurança não só protege os activos da empresa, como também reforça a confiança dos clientes e garante a conformidade legal. Chegou o momento de agir e fazer da cibersegurança uma prioridade empresarial.
Com a crescente ameaça de ciberataques na nossa região, o Aranda Security Compliance (ASEC) surge como a solução essencial para proteger a sua organização. Em breve, lançaremos o ASEC, uma ferramenta que audita a conformidade de mais de 5.000 aplicações e configurações de segurança, proporcionando um ponto único de controlo. O ASEC reforça a postura de segurança da empresa, garantindo a conformidade regulamentar, a redução dos riscos e um investimento tecnológico optimizado.
Fontes:
Relatório sobre Cibersegurança na América Latina, Organização dos Estados Americanos (OEA), 2022
Estudo sobre o custo de uma violação de dados na América Latina, IBM; 2022